Notícias • Publicado a 02, Abril de 2022

Reforço de meios em São Jorge faz parte do planeamento inicial e não é motivo de preocupação adicional, garante Proteção Civil

O Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) garantiu hoje que o reforço e “a projeção de recursos humanos e meios materiais” instalados em São Jorge fazem parte do “planeamento inicial” e que “não há razão para qualquer preocupação adicional” até ao momento.

O objetivo deste reforço é conseguir dar uma “resposta pronta, rápida e de qualidade à população” em caso de um evento de maior magnitude, na sequência da crise sismovulcânica.

As pessoas “estão a ver forças ou grupos a sair e outros a entrar, para que haja alguma rotação das pessoas que se encontram aqui [na ilha]. Não é pela escalada da ameaça que estão a ver mais pessoas no terreno”, esclareceu Eduardo Faria, que falava aos jornalistas.

“Ainda ontem chegou uma viatura nossa, da Proteção Civil, para dar um melhor apoio aos operacionais que estão no terreno”, exemplificou.

Eduardo Faria recomendou à população que adote uma postura de “tranquilidade, mas uma tranquilidade vigilante, que tenha bem presente as medidas de autoproteção e siga as recomendações das entidades oficiais”, assegurando que “não vamos baixar a guarda pelo facto de haver menos eventos ou serem sentidos menos sismos”.

          Na sequência do briefing diário de acompanhamento da crise sismovulcânica em São Jorge, o responsável pela Proteção Civil nos Açores deu nota que prosseguem “as operações de reconhecimento das fajãs e dos portos da ilha" para que os operacionais estejam “perfeitamente familiarizados” com essas localizações e com os acessos aos pontos de triagem de alojamentos de possíveis desalojados.

Está também a ser realizado nos Rosais, pelos fuzileiros e por técnicos do serviço municipal de Velas, uma avaliação “das condições de estabilidade daquela zona”.

Segundo os mais recentes dados disponibilizados pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), ao longo do dia de ontem, 1 de abril, foram contabilizados cerca de 1090 eventos. Entre as 00:00 e as 10:00 de hoje foram contabilizados aproximadamente 451 eventos.

Desde o dia 19 de março, até ao momento foram identificados cerca de 224 sismos sentidos pela população. Pelo exposto, o CIVISA encontra-se em alerta V4.

Toda a informação relativa à crise sismovulcância pode ser acompanhada e consultada em http://www.ivar.azores.gov.pt/sjorge/Paginas/default.aspx.